segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Mais de 3 casos de DST são diagnosticados todos os dias no Emílio Ribas, mostra levantamento. Parte deles entre portadores do HIV

O Hospital Emílio Ribas atende, em média, 3,6 novos casos de doenças sexualmente transmissíveis (DST) por dia, mostra um levantamento feito por esta unidade da Secretaria de estado da Saúde de São Paulo. Os homens são os mais afetados, respondendo por 82% das infecções. A maioria dos diagnosticados tem entre 30 e 40 anos. 

O mapeamento refere-se aos atendimentos realizados em 2012. No total, 1.330 casos de DSTs foram registrados. A sífilis adquirida  é responsável por 40% das ocorrências, seguida pela hepatite B, com 19%, e a candidíase, que representa 11% dos diagnósticos. As demais doenças registradas foram HPV (que causa câncer de colo de útero), clamídia, cancro mole e gonorreia.


O elevado número de novos casos por dia preocupa os médicos, pois de acordo com os dados, parte desses pacientes está infectada pelo HIV e já faz acompanhamento no Instituto. “Isso alerta para a falta de cuidados dessa população. Além das DSTs mais comuns, eles podem estar transmitindo HIV para os parceiros”, comenta o infectologista Ralcyon Teixeira.

Para o médico, não usar preservativo durante o sexo é o principal motivo para o número elevado de casos. “A prevenção é a forma mais eficiente de não se contrair uma DST. É preciso utilizar camisinha inclusive durante o sexo oral, pois esta pode ser uma das principais formas de infecção se for feita de forma desprotegida”, comentou.

Jean Gorinchteyn, também infectologista no Emílio Ribas, acredita que no últimos anos a população perdeu o medo de contrair doenças sexualmente transmissíveis. “As pessoas acham que pelo fato dessas doenças terem medicamentos não há problema. Elas ignoram ou não sabem que o tratamento não é simples e que as patologias podem evoluir para complicações e levar até mesmo a morte”, afirma.

Com a posse de David Uip como novo secretário de estado da Saúde de São Paulo, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas passou a ser dirigido pelo infectologista Luiz Carlos Pereira Junior, que era vice de Uip e respondia pelo Hospital Dia do Instituto.
Fonte: Redação da Agência de Notícias da Aids

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